Domingo foi dia de salmão aqui em casa. Achamos uma peça bonita (não tão linda quanto a do batizado da Júlia comprada em uma peixaria - nunca mais vimos nada igual) e decidimos assá-la em vez de fazer sashimi.
Normalmente não peço salmão em restaurantes. É raro algum acertar o ponto. Quando não vem passado demais, vem correto por fora e gelado por dentro. Enfim, desisti para não começar a achar que não gosto de salmão.
O ponto é fundamental: tem que ficar macio, quase desmanchando. Pouco tempo no forno.
A Júlia nunca foi fã desse peixe, mas domingo comeu bem. Agora, o mais interessante de tudo: ela provou dois pedaços distintos: a "barriga" e o "lombo".
São grudados. Mas ela gostou mais da barriga.
Enfim, isso mostra mais uma variável sobre a questão do que as crianças aceitam comer. As vezes, um mesmo ingrediente, preparado e servido da mesma maneira, pode ter variação de sabor. E a criança vai perceber.
Já pensou se experimentasse primeiro a barriga e dissesse que não gostou? Qual a chance do adulto oferecer o lombo em seguida como uma segunda tentativa? São essas sutilezas que ninguém comenta quando lista aquele monte de dicas para "seu filho comer melhor".
Observar e perceber a criança com um olhar mais amplo, sem determinismos, faz toda a diferença. Isso, sim. E, se mesmo assim ela não gostar do alimento, não tem problema. É um indivíduo e merece nosso respeito.
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