Quando pergunto aos amigos coreanos como foi sua introdução às comidas apimentadas, eles olham como se fosse a coisa mais natural do mundo para uma criança.
E claro que é.
Comida, antes de tudo, tem a ver com aspectos culturais e vivência. Percebo isso claramente com a Júlia, que desde pequena foi iniciada nas cozinhas chinesa e japonesa. Com a coreana ela tem contato eventual, por isso não curte muito e se intimida com os sabores extremamente picantes.
Em nossa recente viagem para Los Angeles ficamos por acaso em Koreatown, no coração de downtown, e fomos a um restaurante que fica pertinho dali: o Seongbukdon, segundo o LA Times, um achado.
Mesa farta, gostosa e por um preço justo.
Pedimos vários pratos e alguns clássicos, como o bi bim bap com ovo frito! A costela, cortada com tesoura, estava tenra e absolutamente saborosa. A supresa foi o potinho com salada de batatas com maionese. Como? Esse prato é um clássico da nossa família, no lado gaúcho e alemão! :-)
Já era final da noite e, antes de irmos embora, ganhamos um caloroso thauzinho da dona e cozinheira, uma graciosa senhora com carinha de avó, reforçando a nossa sensação de "comfort food".
Com certeza, os filhos dela e as crianças que estavam lá foram criados com pimentas desde o leite materno. A Júlia experimentou todos os pratos, tomou a sopinha até o final, mas ainda falta intimidade com as pimentas para dizer que gostou.
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